Amo ele O mais foda do Anime.
Desde sempre, fui competitivo, mas ninguém atiçou-me mais do que Easley, o guerreiro que me rebaixava ao número 2 e ocupava a posição que deveria ser minha, o número 1.
Todos na academia bajulavam e temiam a Dauf, Easley e a mim, mas isso não era o bastante para mim, não depois de ter sido derrotado em uma única batalha pelo tal "Rei Prateado".
Sempre que tinha a oportunidade, eu provocava e desafiava Easley para uma revanche, mas ele sempre era frio e me ignorava com um sorriso de deboche, como se já soubesse quem seria o vencedor... O que só me deixava com mais raiva e sede de vitória.
Depois de ver todos os guerreiros, os que não foram mortos por Easley, despertando e tomando o norte, eu despertei transformando-me em um leão de duas patas e de olhos prata, como meu apelido já dizia.
Deixei de lado o meu lado humano e liberei o prazer e a dor para que me levassem ao ápice do poder e fui desafiar Easley, que também havia despertado e estava mais forte do que nunca.
Antes de começarmos a lutar, fizemos um trato de quem perdesse teria que se curvar diante do outro e jurar lealdade eterna, o que só fez com que eu lutasse com toda a minha força e desejasse a vitória muito mais do que antes.
Porém, o resultado não foi dos melhores, ou seja, Easley ganhou e, além de ter sido derrotado, fui humilhado por causa do trato.
Após ter jurado lealdade a Easley, eu passei a ser o líder de seu exército, o temido e respeitado comandante, o que eu gostei muito.
Passei um tempo na forma despertada até conseguir voltar a minha humana e porque gostei de fazer jus ao meu apelido de "Rei leão dos olhos prata", já que meus olhos continuaram na cor prata.
Acompanhei Easley quando ele foi até os outros "abissais", a forma como a organização, resolveu chamar os números 1 despertados e, confesso, senti raiva de Dauf por vê-lo com uma mulher tão poderosa, enquanto, eu só tinha as humanas estúpidas do norte. Mas fiquei bem.
Com o tempo, conversando com Easley e sem mais aquele pensamento de que eu poderia vencê-lo de alguma forma, eu passei a gostar dele, ou seja, passei a vê-lo como um amigo, não como um rival metido e que emanava soberba.
Muitas vezes, Easley e eu caminhamos pelas terras prateadas do norte para nos alimentar dos homens bêbados e ter longas noites de prazer com as viúvas e as virgens.
Mas essas saídas acabaram quando ele conheceu o outro monstro, Priscilla, que me vencera... Outro momento constrangedor e que prefiro nem discutir sobre, já que Easley teve que correr para me salvar desta vez...
Uma guerra contra Luciela, a abissal do sul, se iniciou por causa dos caprichos da "senhora do norte", Priscilla, que queria ir procurar a sua família e viver lá com ela.
Luciela destruiu os kakuseishas que eu enviei e nada mais aconteceu... Tudo calmo demais, ou seja, a guerra estava começando, mas de forma lenta demais.
Na calmaria do momento, eu conheci Anita, uma mocinha inocente e delicada que se interessara tanto por mim que insistia a me seguir... Tola, seguindo o comandante dos demônios...
Eu ia estuprá-la e depois comê-la ao som de seus gritos, mas uma parte humana que não fora completamente destruída me impediu de fazê-lo ao olhara para seus grandes olhos castanhos.
Então, eu resolvi fazê-la de meu bichinho de estimação.
Os kakuseishas que a viram a desejaram, afinal de contas, ela tinha um cheiro incrivelmente doce e saboroso, mas eu jurei matar quem tocasse nela, fazendo com que todos recuassem de medo.
Não contei a ninguém sobre ela, nem mesmo para Easley...
Eu estava longe de amá-la, mas, como ela se esforçava em cuidar de mim e não saía de trás de mim quando eu chegava na casa onde eu me hospedara em uma cidadezinha do norte, eu passei a tratá-la com total delicadeza e fazer dela uma princesa, o que parece sensato a se dizer levando em conta de eu ter sido o "Príncipe Rigardo" antes de a organização me oferecer a imortalidade e os meus poderes.
Desde que eu havia tomado-a para mim, eu não me envolvia com mais mulheres, só com ela, afinal de contas, por que não tirar proveito de alguém tão disposto a dar-lhe o que quer?
Anita, a pequena Anne, me amava, mas, por ser o líder dos demônios, eu era incapaz de retribuir seus sentimentos, o que me deu uma leve vontade de fazê-la feliz e sempre mimá-la. Ela saltitava com a minha presença e, quando via que eu tinha tido o trabalho de escolher um presente para dar-lhe, ela só faltava afogar-se em suas lágrimas.
O engraçado é que eu não a achava patética, mas sim "fofa".
Pois é, mas minha vida não ficou na calmaria por muito tempo... A guerra, enfim, se agitara, só que por outro motivo... A organização.
Ou seja, claymores vieram para as terras do norte e eu tive que começar a enviar kakuseishas sob às ordens de Easley, que mantinha-se estranhamente calmo demais...
Sem me importar, apenas, segui com o plano e mandei alguns kakuseishas acabarem com aquela pequena confusão, mas, surpreendendo-me por completo, as claymores foram matando todos eles e sem muitos danos.
Era a hora de eu agir.
Pensei em ir até a casa onde eu me hospedara para ver Anne, mas, como pensara eu que seria fácil, apenas segui para Pieta, onde as claymores se encontravam, assumi a minha forma despertada e comecei a trabalhar.
A primeira etapa foi concluída com êxito, ou seja, matei quase todas as dígitos únicos... Menos uma, pois fui impedido.
Uma claymore mais nova e com o youki vezes menor do que o meu queria lutar comigo e estava acabando com toda a minha diversão... Ela já podia se considerar morta.
Hã?
Quando fui dar o golpe da morte na claymore que estava me atrapalhando, ela já havia sumido...
Ela corria de um lado a outro tentando me atingir e...
Na velocidade da luz! Com as pernas completamente despertadas!
Mas, como nada é perfeito, ela não tinha controle sobre as suas pernas e, com um curto movimento meu, ela já não conseguia mais me pegar.
Debochei e ri na frente dela, provocando-a.
Foi então que, como se fosse por milagre, ela conseguiu controlar as suas pernas e começou a lutar para valer.
Um calor prazeroso se espalhou pelo meu corpo e eu soube o que era...
A emoção de uma luta de verdade me atingira depois de tantos anos ensinando boas maneiras a kakuseishas rebeldes e humanos idiotas.
Gritei de emoção e lutei como nunca... Ou melhor, com a mesma força de vontade que eu tivera a lutar contra o Rei Prateado.
Eu socava o ar e corria, mas não a acertava... Ela era muito boa!
Caso eu não quisesse matá-la e nem ela a mim, eu poderia até mesmo tê-la como parceira...
Não, não dava tempo de pensar em futilidades, eu tinha que ganhar!
Meu sangue fervia!
Ela corria na minha direção e eu tentava, sem muito sucesso, desviar.
Mas eu não estava perdido... Eu a encurralei.
Sorri para ela e disse que havia ganhado.
O rosto da claymore se contorceu ainda mais do que já estava contorcido e ela gritou "Mais!".
Sem compreender muito, analisei, dando tempo a ela de começar a me cortar com a sua espada.
Eu havia sido pego.
Conseguiu controlar-se apenas se concentrando em me derrotar... Ela era fantástica!
Eu havia perdido para uma claymore que nem adulta era e nem havia despertado por completo ainda... Eu merecia mesmo ser o número 2...
"Não, você é melhor!", disse a voz de Anita na minha mente.
"Pois é, Anne... Acho que não a verei de novo...", pensei.
"Sim, nós nos veremos e seremos felizes para sempre!", disse ela, feliz.
Sorri e pensei no fato de ela estar em uma casa quentinha e livre de monstros.
Eu não me salvaria, mas a humana Anne, sim.
Encarei a claymore e, em meio a dor de ter meus membros sendo cortados do meu corpo, esperei pelo golpe final.
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